Para muitos, os problemas da cidade moderna não são óbvios. Vemos alguns bancos e paradas de ônibus que se transformam em abrigos para moradores de rua, mas esta dura realidade vai muito alem. Em “Anti-Homeless spikes: ‘Sleeping rough opened my eyes to the city’s barbed cruelty“, Alex Andreou, editor do The Guardian, esclarece alguns equívocos sobre a falta de moradia e nos apresenta uma tendência infeliz do desenho que faz inabitáveis estas estruturas urbanas para dissuadir a estas pessoas.
Metal studs outside private flats on Southwark Bridge Road, London. Photograph: Guy Corbishley/Demotix/Corbis
Hostile architecture on the former Coutts Bank, Fleet Stree, London. Photograph: Linda Nylind for the Guardian
De sprinklers no pavimento e spikes nas calçadas, a cidade moderna é cheia de técnicas defensivas para afastar aos sem-teto e fomentar a frase “fora da vista, longe do coração”, fazendo com que o espaço público seja confortável apenas para alguns. No entanto Andreou argumenta que os efeitos desumanizantes destes gestos agressivos afetam a todos, pois eles agem como manifestações físicas de intolerância na sociedade. Finalmente os espaços públicos tornam-se menos acolhedores para todos, com ou sem teto.
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Concrete spikes under a road bridge in Guangzhou city, Guangdong, China. Photograph: Imaginechina/REX
Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/763570/arquitectura-defensiva-crea-ciudades-inhabitables
Imagem da capa: Spikes “anti-morador de rua” instalados em Manchester. © imagem Christopher Thomond via The Guardian