8 passos para projetar melhores calçadas

Segundo os resultados da última Pesquisa Origem Destino elaborada pelo Ministério de Transportes e Telecomunicações do Chile (MTT), dos 18,4 milhões de deslocamentos diários que acontecem na região metropolitana de Santiago, 6,3 milhões correspondem a caminhadas.

Essa cifra faz desse tipo de deslocamento o mais frequente, seguido pelos deslocamentos de automóvel (25,7%) e de ônibus (22,6%).

Segundo a proposta do The City Fix, blogue independente da organização para mobilidade sustentável Embarq, as caminhadas poderiam se tornar ainda mais frequentes nas cidades se as calçadas fossem melhores, algo que pode ser alcançado através dos oito passos mostrados a seguir formulados pela organização.

Saiba mais a seguir.

1. Sinalização
© Londres, Reino Unido. © MOMENTUM wayshowing, via Flickr

© Londres, Reino Unido. © MOMENTUM wayshowing, via Flickr

Não são apenas os motoristas que necessitam de sinalização indicando quais são as ruas mais próximas, os desvios e outras informações úteis. Os pedestres também precisam de informações em seus trajetos, como, por exemplo, mapas que identifiquem os lugares importantes localizados em um raio de cinco minutos a pé.

 

2. Segurança permanente
© hdes.copeland, via Flickr

© hdes.copeland, via Flickr

A Embarq recomenda duas estratégias para fazer com que as calçadas ofereçam maior segurança aos pedestres.

A primeira sugere que estes espaços sejam percebidos como mais seguros durante o dia, o que pode ser alcançado através de comércios e vitrines nas ruas, criando “olhos” nas fachadas. A segunda diz respeito à segurança à noite, algo que pode ser alcançado com uma iluminação de melhor qualidade.

 

3. Espaços atraentes
© Montreal, Canadá. © abjo20, via Flickr

© Montreal, Canadá. © abjo20, via Flickr

As calçadas com bancos e vegetação são muito mais atraentes que aquelas que não contam com nenhuma elemento que convide os pedestres a permanecerem no local.

Esses fatores, somados aos materiais utilizados, podem tornar os espaços públicos mais interessantes e beneficiar as cidades.

 

4. Conexões seguras
© © Dylan Passmore, via Flickr

© Dylan Passmore, via Flickr

Muitas vezes os pedestres combinam as caminhadas com outros meios de transporte público, como ônibus ou metrô. No entanto, a qualidade e o desenho da infraestrutura desses meios pode afetar a segurança dos deslocamentos.

Para tornar os pontos de contato das calçadas com outras áreas – como os cruzamentos – mais seguros, propõe-se que as calçadas estejam conectadas e integradas às redes de transporte da cidade.

 

5. Acessibilidade universal
© © Abdallah Zaid Kilani, via Flickr

© Abdallah Zaid Kilani, via Flickr

Criar espaços públicos que sirvam a todos os usuários deveria ser o objetivo de todas as cidades. Nesse sentido, a ideia é que as cidades contem com espaços que possam ser utilizados de maneira autônoma por todos os pedestres, independente se estes tenham ou não mobilidade reduzida.

 

6. Drenagem eficiente
© © Glen Dake, via TheCityFix Brasil

© Glen Dake, via TheCityFix Brasil

Caminhar por ruas e calçadas inundadas é muito desagradável, além disso, estes espaços se tornam inúteis nessas condições. Assim, a Embarq aconselha a implementação de pequenas estratégias, como por exemplo os canteiros que facilitam a drenagem da água da chuva.

 

7. Superfícies de qualidade
© Londres, Reino Unido. © ishane, via Flickr

© Londres, Reino Unido. © ishane, via Flickr

De acordo com a Embarq, para que uma calçada funcione corretamente, os projetistas devem acompanhar sua execução e fiscalizar a qualidade da obra.

Os materiais empregados são muito importantes nesse sentido, garantindo que as superfícies sejam antiderrapantes, estáveis e esteticamente coerentes.

 

8. Dimensões adequadas
© © Luisa Schardong, via EMBARQ Brasil

© Luisa Schardong, via EMBARQ Brasil

Em uma calçada existem três zonas: central, considerada livre e por onde circulam os pedestres; de serviços, localizada em um dos lados da calçada e caracterizada por bancos e outros equipamentos; e de transição, que é a conexão da área livre com as edificações.

Levando em consideração essa classificação e a relação entre as áreas de cada uma para que desempenhem suas funções, pode-se projetar calçadas de dimensões mais adequadas.

Via Plataforma Urbana.

Via ArchDaily Brasil